O rio corre sozinho, vai seguindo seu caminho, não necessita
ser empurrado. Para um pouquinho no remanso. Apressa-se nas cachoeiras, desliza
de mansinho nas baixadas. Mas, no meio de tudo, vai seguindo o seu caminho.
Sabe que há um ponto de chegada. Sabe que o seu destino é para frente. E
vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando ao mar. O mar é a sua realização
e, chegar ao ponto final, é ter feito à caminhada.
A vida deve ser levada do jeito do rio. Deixar que corra como deve correr, sem
apressar ou represar, sem medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras. Correr
do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de
chegada.
Não interessa ter nascido a um ou mil quilômetros do mar.
O importante é dizer "cheguei"!
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